segunda-feira, 30 de julho de 2012

CONTEÚDOS DA EF ESCOLAR

Afinal, quais os conteúdos da Educação Física Escolar? Esporte Para Fugikawa et al (2007) falar sobre o esporte, enquanto manifestação da Cultura Corporal significa discutir o que este Conteúdo Estruturante foi, desde sua origem histórica até a atualidade. Esta abordagem permitirá reflexões sobre as possibilidades de recriar o conceito de esporte, por meio de uma intervenção consciente. Jogos Para Ramos (1982) apud Fugikawa et al (2007) os jogos existem desde a pré-história e seus registros indicam as mais variadas formas de jogar, nas diversas partes do mundo. Como forma de manifestação da cultura de povos na Ásia, na América pré-colombiana, na África, na Austrália e entre os indígenas das ilhas mais longínquas do Oceano Pacífico, foram encontrados jogos de expressão utilitária, recreativa e religiosa. Ginástica Conforme Fugikawa et al (2007) a ginástica foi usada como prática de poder das elites perante a nova classe pobre urbana, e sob a condição de ciência, buscou posicionar o corpo de forma retilínea, utilizando, para tanto, da anatomia, da fisiologia, da higiene, dentre outras áreas desta natureza. Ela se constituía numa forma de educar gestos e comportamentos, tão necessários para a ordem social daquela época. Lutas Fugikawa et al (2007) quando se refere a luta, ressalta que desde sua constituição até a atualidade as lutas sempre estiveram presentes na história da humanidade nas atitudes ligadas às técnicas de ataque e de defesa; e vinculadas à instituição militar, além de serem consideradas, por alguns povos, como sabedoria de vida. Dança Para Fugikawa et al (2007) é uma das formas mais antigas de expressão do ser humano e você pode até pensar: mas como isso é possível? Claro que não com as mesmas características que encontramos atualmente. Os gestos e movimentos expressados na dança eram espontâneos, naturais e instintivos, embora assumissem papéis diversos com intencionalidades e interesses diferentes em cada momento histórico.

ARTIGO PROF. ANDREW FROTA

A IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA FROTA, Antônio Andrew Farrapo RIBEIRO, Francisco Irapuan INTRODUÇÃO Encontra-se como motivação deste trabalho, o anseio em compreender a história da Educação Física, a vontade de tomar posse de um conhecimento próprio dos professores desta área e o desejo de saber claramente o potencial da Educação Física e suas possibilidades. Tudo isso por si só já justificaria esta pesquisa, mas vai além, ambiciona transparecer neste trabalho o desejo de tornar cada vez mais a Educação Física uma disciplina legítima da educação escolar. O presente trabalho tem como tema: A identificação das principais características das abordagens Pedagógicas da Educação Física. Sua intenção é identificar as principais características das abordagens pedagógicas em Educação Física, visto que este campo de estudo é muito amplo e ainda encontra-se num processo de construção. É comum que o professor de Educação Física tome posse de determinada ação pedagógica sem questionar a história contida nessa prática. É fundamental que todo professor conheça em que período e com que finalidade surgiram as abordagens pedagógicas nas aulas de Educação Física. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo principal identificar as peculiaridades das abordagens pedagógicas para as aulas de Educação Física. Para tanto, recorreu-se a informações mais específicas como: a constituição das teorias pedagógicas da Educação e da Educação Física, para relacioná-las a cada abordagem; reconhecer as influências críticas e não-críticas ao longo da história para a construção das práticas destas abordagens. Além de sugerir propostas que contemplem as particularidades de cada abordagem. Para este trabalho, foi utilizada, uma pesquisa bibliográfica, considerando a importância da fundamentação teórica, para melhor respaldar o trabalho, partir de referencial teórico já publicado em, artigos, revistas, livros, além de ter recorrido a fontes de multimídia, sobre assuntos pertinentes as abordagens pedagógicas da Educação Física. Como as teorias da Educação, da Educação Física e as fases constituídas ao longo da sua história. Fez-se necessário, para compreender o objeto de estudo deste trabalho, recorrer aos registros relacionados às principais teorias da educação, onde atentou-se para os mais diversos fatores, a fim da construção de um esclarecimento mais transparente possível, onde pôde-se conhecer o contexto histórico de cada teoria, quais eram as motivações das classes sociais, e como essa motivação era refletida nas ações dessas classes. Conhecendo isso, pôde-se refletir e compreender o papel da escola em cada período, bem como a relação entre professor e alunos, os conteúdos trabalhados, a forma de avaliação, a metodologia do professor. Todos esses aspectos não estão soltos na história, mas ligados intrinsecamente com seus fenômenos desencadeantes. TEORIAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO Teorias não-críticas Estas tendências ao longo da história estiveram em prol do favorecimento do sistema em vigor, cita-se como exemplo a sociedade burguesa, onde a situação de dominante e dominado era encarada como normal, a escola preparava seus alunos através de um ensino reprodutivo e não-crítico, onde o discente assumia apenas o papel de mero espectador da produção do conhecimento. Nesta perspectiva tem-se uma proposta que esta sempre vinculada aos interesses governamentais. Não se prendendo ao fato do sentido literal da palavra liberal, pois ora apresenta-se muito severa, outra muito branda, conforme lhe convenha. As teorias liberais defendem a liberdade dos interesses individuais na sociedade. Prevalecendo assim a forma social dominante, no caso o capitalismo. Todos os esforços são pela manutenção das posições sociais, como acrescenta Libâneo (2005) afirmando que a educação está voltada pra a preparação do indivíduo para assumir seu papel na sociedade. O seu ensino é visto como uma ferramenta que mantém o status social e as classes, os conteúdos de ensino levam em consideração o conhecimento já produzido, pois não era o interesse da classe dominante o surgimento de novas correntes de pensamento, e de idéia que rompessem com o pensamento tradicional e acomodado. Concordando com Libâneo (2005) quando trata sobre a influência dessa corrente de pensamento no Brasil, os últimos cinquenta anos tem sido marcados pelas tendências liberais. Observa-se, portanto, que o Brasil é historicamente reconhecido como um país colônia, que por vezes toma emprestado ideais e pensamentos estrangeiros, encontra-se uma situação que, 200 anos pós revolução francesa, vigora um pensamento onde a educação deve assumir papéis de mantedora das classes sociais, resta saber se isso é uma é uma causa ultrapassada que não se adequou ao nosso tempo, ou se esse pensamento é válido até hoje. Evidentemente tais tendências se manifestam, afirma ainda Libâneo (2005) que os professos brasileiros ainda são muito influenciados por essas tendências, que são facilmente reconhecidas nas escolas, muitos docentes ainda não se deram conta do ideário que estão seguindo, tornado-se assim frutos de um modelo reprodutivo e continuam levando consigo o caráter não-crítico. Pedagogia Tradicional Esta pedagogia tem como uma de suas características o professor como centro das atenções no processo de ensino, exigindo de seus alunos disciplina e bom comportamento. Aos alunos cabe o papel de obediência, não devendo questionar o professor, mas demonstrar disciplina e assimilar todo o conteúdo apresentado na aula. Como afirma Crestani (s/d) todos se centrados numa única filosofia que é a educação como produto, sem dar a possibilidade a criação e produção do conhecimento. Em relação aos conteúdos, não levam em consideração os conhecimentos anteriormente adquiridos pelos alunos, mas os que foram sistematizados ao longo do tempo, portanto, o professor representa o mediador entre o aluno e o mundo externo. Estas características são corroboradas por Alves (s/d), quando sugere que, a transmissão é feita a partir dos conteúdos acumulados historicamente pelo homem, num processo cumulativo, sem reconstrução ou questionamento. De um modo geral esse método enxerga a criança como um adulto em miniatura, exigindo desde cedo que a criança se comporte de forma calada e quieta, indo totalmente contra a cultura da criança que normalmente esta acostumada com as brincadeiras e os movimentos, típicos da cultura infantil. A não obediência ao professor acarretaria em punição e castigo. Em alguns casos até mesmo o castigo físico, verifica-se que o corpo da criança é aprisionado e violentado. Tais procedimentos podem desenvolver males irreversíveis no desenvolvimento de uma criança. O método tradicional ainda faz-se presente em muitas escolas em todos os níveis de ensino. São vários os determinantes para que essa prática continue a ser tão presente nos dias atuais, situações estas onde muitas vezes o método tradicional encontra-se totalmente descontextualizado e ineficaz quando aplicado em alguns grupos, pior que isto, é saber que muitos professores não se dão conta que foram e continuam sendo vítimas deste sistema de ensino. Pedagogia Renovada Faz-se necessária a identificação das apresentações desta pedagogia, é ao retratar sobre ela que Libâneo (2005), sugere que a mesma divide-se em duas, que são classificadas como: Pedagogia renovada progressivista e pedagogia renovada não-diretiva. Portanto, cada uma delas serão brevemente apresentadas a seguir: A progressivista propõe a adequação da escola a vida do aluno, passando agora o ensino a ser mais humanizado, e os alunos encarados como seres diferentes, com necessidades e características próprias. É assim que Libâneo apresenta a mesma. “A finalidade da escola é adequar as necessidades individuais ao meio social e, para isso, ela deve se organizar de forma a retratar, o quanto possível, a vida.” (LIBÂNEO, 2005, p. 25). Na perspectiva da pedagogia não-diretiva o aluno surge como centro das atenções do processo educativo, as transformações ocorrem dentro do aluno, e essas mudanças devem partir de dentro dele, sendo assim a escola deve fornecer todos os subsídios para que este processo ocorra. Outra marca favorável desta pedagogia é que ela respeita o tempo necessário para cada aluno evoluir, considerando assim a sua realidade e individualidade. “Assim o objetivo do trabalho escolar se esgota nos processos de melhor relacionamento interpessoal, como condição para o crescimento pessoal.” (LIBÂNEO, 2005, p.28). Pedagogia Tecnicista Libâneo (2005), afirma que o papel da escola na pedagogia tecnicista é moldar o aluno para assumir uma função no mercado de trabalho, para isso o ensino será feito através de técnicas especificas, onde a produção do conhecimento se dará de dentro para fora, ou seja, o aluno será sujeito passivo neste processo, cabendo a ele apenas aprender o que lhe está sendo imposto, sem uma reflexão crítica. Teorias críticas Estas teorias também são denominadas de progressistas, devido ao fato de considerarem a realidade social dos alunos através de uma análise crítica. Sendo assim não tem como institucionalizar-se numa sociedade capitalista. Segundo Libâneo (2005), a pedagogia progressista esta manifestada em três tendências, que são elas: libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos, entretanto, há outros autores que dividem em apenas duas, tratando apenas as duas primeiras em libertária. Há outros ainda que denominam a crítico-social dos conteúdos como histórico-crítica. Ficando essas informações apenas a título de ressalva. Pedagogia Libertadora Esta pedagogia toma posse de um olhar político-crítico trabalhado a justiça social e a realidade dos alunos, além de considerar seus conhecimentos já anteriormente adquiridos e traze-los para dentro do ensino escolar. Para que depois possam ser confrontados com novos conhecimentos. Existe também o pensamento de adequar o Currículo da Escola aos alunos. Por isso ele tem como característica seu caráter diagnóstico. Sobre esta pedagogia, Darido (1999) acrescenta que esta percepção possibilita a compreensão, por parte do aluno, de que a produção da humanidade expressa uma determinada fase e que houve mudanças ao longo do tempo. Esta reflexão pedagógica é compreendida como sendo um projeto político-pedagógico. Político porque encaminha propostas de intervenção em determinada direção e pedagógico no sentido de que possibilita uma reflexão sobre a ação dos homens na realidade, explicitando suas determinações. Pedagogia Libertária A pedagogia libertária amplia as características da anterior. Nela o papel da escola é exercer uma transformação da personalidade dos alunos num sentido libertário, autogestionário, introduzindo modificações, participação em grupo como assembléias, conselhos, etc. É comentando sobre os pressupostos de aprendizagem que Libâneo (2005) afirma que deve ser favorecida a aprendizagem informal via grupo, visam favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. Tem como interesse o crescimento dentro da vivência grupal. O mesmo ao tratar sobre os métodos de ensino sugere que eles devem partir do interesse dos grupos organizados. E tratando sobre a relação professor aluno, ocorre no sentido da não diretividade, considerando desde o início a ineficácia e a nocividade de todos os métodos à base de obrigações e ameaças. Pedagogia Crítico-social dos conteúdos Baseada nos conteúdos o que justifica a sua intitulação, esta pedagogia se utiliza dos conhecimentos sistematizados ao longo do tempo. Entretanto, propõe um trato pedagógico, utilizando dos conteúdos para um embasamento de uma reflexão crítica sobre os mesmo. “A tendência da pedagogia crítico-social dos conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida em prática social concreta.” (LIBÂNEO, 2005. p. 32). AS FASES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL Fase Higienista Intrínseca nos interesses políticos, esta tendência colabora com a eugenização populacional. Portanto tem em suas manifestações conforme Darido (1999), a obtenção de hábitos de higiene e saúde, valorizando o desenvolvimento do físico e da moral, a partir dos exercício físicos. Tendo em seu discurso para os trabalhadores, a aquisição hábitos saudáveis, e consequentemente com um corpo saudável, este homem seria mais útil, por tornar-se mais produtivo. Concordando com Oliveira (2006) quando cita que esta tendência foi reconhecida nas escolas européias no fim do século XIX, essa implantação se deu devido à preocupação com a saúde e sua relação entre os benefícios dos exercícios físicos. Entretanto questiona-se sobre interesses intrínsecos em tais propostas. Sabe-se que a prática regular de exercícios físicos traz benefícios para a saúde, mas rotular e minimizar a Educação Física apenas ao seu aspecto de promoção de saúde é sem dúvida deixar de lado outras tantas capacidades e qualidades que os movimentos humanos nos proporcionam. Inclusive interesses outros interesses. Observa-se que esta fase possuir um discurso onde encontra-se muitas vezes palavras como “saúde” e “higiene”, entretanto segundo o Soares et al (1992), isso esta relacionado ao interesse do sistema capitalista em possuir um trabalhador saudável que se encontrasse cada vez mais produtivo. Fase Militarista Observa-se que a fase denominada militarista muito se assemelha com a pedagogia tradicional, considera-se as ligações referente a rigidez e disciplina presente nas duas. Soares et al, ressalta que “o auge da militarização da escola corresponde à execução do projeto de sociedade idealizado pela ditadura do estado novo”. (SOARES et al, 1992, p.53) Identifica-se, portanto, um marco na história, momento onde a prática de exercícios físicos baseou-se em instituições militares. Com isso foram assumidos valores próprios dessas instituições, que foram historicamente construídos, mas que foram aplicadas a Educação Física sem grandes reflexões, deixando marcas que até hoje podem ser reconhecidas na prática de muitos professores de Educação Física. Oliveira (2006) afirma que no militarismo ‘o professor’ deixa de atender às necessidades do homem total. A ginástica passa a ser vista como uma atividade punitiva, e uma boa aula é aquela que exaure o aluno. Entretanto, os responsáveis pelos exercícios físicos não eram professores de Educação Física, mas sim qualquer um que já tivesse praticado exercícios físicos. Isso se da devido ao fato de a Educação Física escolar ser reduzida ao reprodutivismo, onde o Soares et al, afirma que “neste período, a Educação Física escolar era entendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da instrução física militar” (Soares et al, 1992, p.53). Com isso as aulas de Educação Física passaram a ser ministradas pelos instrutores físicos do exercito, que praticavam a rigidez, disciplina e hierarquia. “Essa fator é a base da construção de identidade pedagógica da educação física escolar, calcada nas normas e valores próprios da instituição militar.” (SOARES et al, 1992, p.53). Com isso a Educação Física perdeu sua identidade como disciplina escolar, pois não continha em seu discurso um pensamento cientificamente construído. Fase Pedagogicista Uma nova forma de pensar a Educação Física surge com a fase pedagogicista. Tem como características o ensino público, além da preocupação com um modelo educativo visto com excelência onde o aluno é o centro das atenções. Aguiar (s/d) afirma que no Brasil ela surge por volta de 1950-1960 e tem como principal orientação a formação do cidadão. Esta fase proporcionou a Educação Física a equiparação das outras disciplinas, porém não obstante as outras fases, exitiam outros interesses intrínsecos, como por exemplo o da não criticidade. No pedagogicismo, “Educação Física vista como algo útil socialmente, devendo ser respeitada acima das lutas políticas dos interesses diversos dos grupos e classes" (GHIRALDELLI, Jr., 1994, apud PAIXÃO, s/d, s/p). Com isso a Educação Física assume um carater não crítico. Fase Tecnicista Sobre esta fase sugere-se que como conseqüência da anterior foi a valorização dos aspectos técnicos, relacionados ao momento histórico, que eram das linhas de produção industrial. Para tanto, utilizou-se dos talentos técnicos desportivos em favor de interesses políticos, dentre eles o golpe militar. “Como os princípios eram os mesmos e o núcleo central era a intervenção no corpo (máquina) com vistas ao seu melhor funcionamento orgânico (para o desempenho atlético-esportivo ou desempenho produtivo)” (BRACHT, 1999). Nesse contexto é que a esportivização é utilizada como marketing, a fim de desvirtuar ações contrárias ao sistema. Cita-se como exemplo a música “Pra frente Brasil” de Miguel Gustavo, que embalou a seleção brasileira de futebol na conquista da copa do mundo de 1970, no período do regime militar. Fase Popular Esta fase é marcada pela sua vinculação com a classe operária, sendo um momento onde a prática de atividade física se desvincula da prática da elite, como a competição, e passa a pregar uma prática de atividade física voltada para o interesse dos trabalhadores como a cooperação e as práticas lúdicas. Esta fase tem seu marco histórico na década de 1980, momento em que levantou-se no Brasil discursões sobre uma reforma na Educação Física com um olhar crítico, estudos que até hoje vem se reorganizando, portanto trata-se de uma fase diferenciada das demais. Paixão (s/d) afirma ainda que a Educação Física era entendida como uma ferramenta que deveria ser utilizada para a organização das classes trabalhadoras. Observamos também que existiam discursos onde um pesamento crítico deveria ser desenvolvido, era pregada a reflexão sobre os fatos, ao invés da simples aceitação de imposições. Ghiraldelli Jr. (1994, apud PAIXÃO, s/d) afirma que a Educação Física popular e a atividade física praticada pelo povo, são diferentes, pois a primeira se caracteriza como uma concepção de Educação Física que surge da prática social dos trabalhadores. IDENTIFICANDO AS ABORDAGENS EM EDUCAÇÃO FÍSICA A abordagem higienista é baseada na fase higienista da Educação Física. Tem como principal característica a preocupação com a saúde de seus praticantes, para tanto prega a prática de exercícios físicos associados aos bons hábitos de higiene e saúde. Ainda Soares et al (1992), afirma que a burguesia, estava interessada em um trabalhador com um físico bem cuidado. Para alcançar este objetivo, essa abordagem tinha em seu discurso os cuidados com a higiene e a saúde, e dava orientações, como por exemplo: tomar banho, escovar os dentes e lavar as mãos. Tal relação com a saúde, fez com que esta tendência se aproximasse da medicina, Oliveira (2006) questiona se será o professor de Educação Física uma espécie de médico, ou um auxiliar deste? É inegável que esse pensamento deu status a profissão do professor, mas acabou o afastando de sua verdadeira função. Ressalta-se que essa abordagem também tem caráter militarista, porém o que a diferencia da militarista, é o caráter higienista. Abordagem Militarista A abordagem militarista buscava tornar seus praticantes homens fortes que pudessem defender a pátria. Ela possui uma estreita relação com uma educação dita tradicional. A Educação Física caracterizava-se no auge desta abordagem como ginástica. Esta abordagem tem como principal características a disciplina imposta pelo professor, além da situação de submissão dos alunos, onde não existe espaço para a troca de conhecimentos, o aluno deve absorver o que o professor apresenta, sem questionar. Ele deve assumir uma posição de respeito as ordens de seus superiores, assim como os militares respeitam a hierarquia do exercito, os alunos devem respeitar a hierarquia da escola. Onde o professor é seu superior. Soares et al complementa que “constrói-se nesse sentido, um projeto de homem disciplinado, obediente, submisso, profundo respeitador da hierarquia social”. (SOARES et al 1992, p.53) Abordagem Competitivista Esta abordagem possui elementos essenciais da fase tecnicista da Educação Física no Brasil. Privilegiando o esporte em detrimento dos demais conteúdos clássicos, explicando assim um quadro muito comum da Educação Física escolar atual, que são os jogos de competição que culminam numa pedagogia que se apresenta e tem como característica o modelo esportivista de educação. Entende-se que exaltar a competição esportiva é promover o esporte elitista, onde os poucos mais habilidosos possuem papel de destaque e os demais permanecem a margem como ressalta Taffarel ao comentar sobre “Os menos capazes seriam relegados a um segundo plano, como se não lhes fosse dado o direito de valerem-se dos benefícios da educação física”. (TAFFAREL, 1985, p.12). Sobre a exclusão causada pelo competitividade exacerbada e pela esportivização, Ferreira acrescenta que "elevando uns poucos participantes e obrigando muitos a permanecerem na sombra, esquecidos, alimentados pela ilusória possibilidade de ascender aquele resultado tão desejado". (FERREIRA, 1982 apud PAIXÃO, s/d). Portanto duas caracteristicas sao predominates nesta abordagem, o carater seletivo, ou seja, a escolha dos melhores, que gera o segundo, que é o fator exclusão. Abordagem da Psicomotricidade Esta abordagem surge na década de 70, e busca um rompimento com o modelo tradicional e tecnicista. Suas obras mais representativas foram escritas pelo francês Jean Le Boulch. Em seu discurso identifica-se uma preocupação com o ser humano de forma integral. Entretanto o que mais caracteriza essa abordagem é o surgimento da preocupação com o desenvolvimento da criança e com sua aprendizagem psicomotora. Aprendizagem esta não reduzida a gestos técnicos, mas vista de forma ampla onde devem ser consideradas as qualidades psicomotoras como a lateralidade, o equilíbrio, a coordenação espaço-temporal, o esquema corporal, etc. São incluídos e valorizados também os conhecimentos de origem psicológica. (DARIDO, 1999) Sobre o início da escolaridade e as dificuldades de aprendizagem De Meur e Staes afirmam que “A estrutura da educação psicomotora centra-se no nível da base, onde estão os elementos básicos ou pré-requisitos que são as condições mínimas para uma boa aprendizagem”. (DE MEUR E STAES, 1984, s/p). Uma educação baseada nos princípios da psicomotricidade é indispensável para todas as crianças, sejam elas com ou sem deficiências. Darido sobre a abordagem da psicomotricidade completa que ele deve “[...assegurar o desenvolvimento funcional tendo em conta a possibilidade da criança ajudar sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano.” (DARIDO, 1999, p.14) Observa-se que existe um discurso onde o aluno é visto como um ser que pensa, que sente e que se expressa, tornado assim esta abordagem mais completa e humana na sua forma de perceber os alunos. Reconhece-se, portanto, como principais características dessa abordagem o trato direcionado ao trabalho motriz e cognitivo. A seguir uma proposta de modelo para plano de aula, conforme abordagem da psicomotricidade. Abordagem Desenvolvimentista Com características muito semelhantes a abordagem da psicomotricidade, ela é reconhecida no Brasil principalmente através dos trabalhos de Go Tani, e tem como preocupação o desenvolvimento infantil marcado por fases, onde o professor deverá trabalhar em prol do desenvolvimento da criança de acordos com tais fases, num aspecto que privilegia o desenvolvimento motor, mas considera também as transformações afetivas e sociais. Principalmente em crianças de quatro a quatorze anos de idade. (TANI, 1988). Segundo Tani (1988), esta abordagem também se caracteriza por sua preocupação em fundamentar cientificamente o desenvolvimento do ser humano, no aspecto motor, afetivo e cognitivo. Evidenciando as fases de desenvolvimento e aprendizagem motora de acordo com o crescimento, isso significa que as crianças deveriam ser orientadas de acordo com essas características. Para Darido (1999) o professor em função de tais características, deve sugerir aspectos ou elementos relevantes para a estruturação da Educação Física Escolar. Darido (1999) afirma que os autores desta abordagem deixam claro a importância da aquisição de habilidades motoras, afirmando que essas habilidades devem ser trabalhadas de forma crescente das mais simples as mais complexas. E defendem que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física. Ainda Darido (1999) deixa claro que esta abordagem não tem preocupação em resolver todos os problemas da sociedade, uma aula de Educação Física deve privilegiar a aprendizagem do movimento, embora possam acontecer outras aprendizagem de forma simultânea. Sobre a importância do desenvolvimento motor nesta abordagem, Darido afirma que “Como as habilidades mudam ao longo da vida do indivíduo, desde a concepção até a morte, constituíram-se numa importante área de conhecimento da Educação Física...”. (DARIDO, 1999, p.4). Identifica-se como principal característica a adaptação feita através do trabalho direcionado ao desenvolvimento motor, adaptando as atividades as fases de desenvolvimento do aluno. Abordagem Construtivista-Interacionista Esta abordagem tem como principais características a importância que se da as interações da criança com o mundo. Através desse processo interativo ela deverá desenvolver-se, num processo onde seu conhecimento anteriormente adquirido é usado para resolução de problemas e para a construção de um novo conhecimento. É reconhecida no Brasil principalmente através dos trabalhos de João Batista Freire, e é baseada nas idéias de Jean Piaget, que sobre o construtivismo acrescenta “O principal objetivo da educação é criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”. (FREIRE, 1997) Freire (1989 apud Darido, 1999) lembra da importância que esse método tem devido a sua característica de reconhecer o conhecimento que a criança já possui e utilizá-lo como uma ferramenta importante na construção de novos conhecimentos. É possível identificar dentre outras características a liberdade para a construção que pode ocorrer individualmente, acrescida da interatividade, que necessita de ações externas. Abordagem dos Jogos Cooperativos Em oposição a abordagem competitivista, sugere as práticas da Educação Física escolar numa perspectiva de cooperação, em detrimento de aulas que estimulem a competição. Brotto (s/d, apud DARIDO, 1999), deixa claro que o espírito de competição dentro de uma sociedade é condicionado pela estrutura social, onde essa estrutura é que determinará se seus membros irão competir ou cooperar entre si. Sendo assim percebe-se que esta proposta está comprometida com uma verdadeira transformação social. O autor ainda afirma que existe um condicionamento, uma alienação dentro da sociedade, onde todos vêem a competição como opção natural e única para o convívio em sociedade. A proposta de jogos cooperativos rompe os paradigmas da competitividade, sugerindo atividades que contemple a participação de todos, marcada essencialmente pela sensação de vitória coletiva. É assim que identifica-se as características principais desta abordagem: a competição marcada pelo sentimento de vitória de todo o grupo. Abordagem Cultural Com o intuito de romper com modelos tradicionais, por considerar imprópria uma visão biologicista sobre do corpo, esta visão não deve ser negada, mas unida a uma idéia de corpo cultural. Seu pensamento esta reconhecido nas obras de Jocimar Daólio, ao criticar a forma de ver o corpo apenas como um conjunto de ossos, músculos e articulações. Aguiar (s/d) sobre esse assunto acrescenta que movimento humano é o elemento próprio da Educação Física, e reveste-se de uma dimensão humana que extrapola os limites biológicos. Darido um homem fosse considerado igual ao outro, então a prática do professor deveria ser a mesma. Entretanto sabe-se que os homens diferem em sua cultura, e as práticas profissionais também devem se adequar a essas características. Nesta abordagem o aluno deve ser reconhecido como um ser social, que tem sua própria história, onde as suas interações sociais foram concretizadas filogênica e ontogenicamente. Sendo assim o aluno é um ser único, como sua comunidade, cidade, estado e o país. Por isso ele deve ser considerado por tais especificidades, devendo as mesmas ser respeitadas. Abordagem Humanista Apresenta-se como uma proposta onde a Educação Física que propicia aos alunos durantes suas práticas a reflexão sobre os valores humanitários. Santos (2003) ao tratar sobre a abordagem humanista afirma que seus objetivos educacionais obedecem ao desenvolvimento psicológico do aluno. Por isso possui fortes influências da pedagogia renovada, pois cria um ambiente nas aulas, onde as atividades contém elementos que extrapolam ao caráter fisiológico, importando para a mesma a reflexão sobre os valores humanitários como a não violência, a solidariedade, o amor ao próximo, características essas recorrentes na pedagogia renovada. Abordagem Saúde Renovada Tem como principal característica promover a saúde através das aulas de Educação Física, trabalha de tal forma que os alunos busquem adquirir um estilo de vida ativo, inclusive após sua vida escolar. Eles devem construir consciência da importância da prática de exercícios físicos. Isso se dará através da teorização dos conteúdos apresentando o funcionamento dos sistemas do organismo e as diferenças entre praticantes e não-praticantes de atividades físicas, para que os mesmos percebam importância de como os exercícios físicos interferem de forma positiva na obtenção da saúde. Xavier (2005) acrescenta que esta abordagem se preocupa em criar hábitos que promovam a saúde, de uma forma que esse aprendizado seja usado também na idade adulta. Como exemplo é citado o caso de muitas crianças e adolescentes não apresentarem sintomas de doenças crônico-degenerativas, mas isso não é uma garantia de que elas terão saúde no futuro. Guedes & Guedes (1993) deixa claro o caráter biologicista desta abordagem quando cita que aptidão física relacionada à saúde abriga aqueles aspectos da função fisiológica, que oferecem alguma proteção aos distúrbios orgânicos provocados por um estilo de vida sedentário. Abordagem Sistêmica Ao sintetizar as principais características desta abordagem, duas características são apresentadas como essenciais, a não-exclusão e a diversidade. Embora as mesmas possam ser contempladas em outras abordagens, é nesta que elas surgem de forma unificada e se complementando. Ressalta-se, portanto, que as características citadas, são promotoras de ações mais complexas propiciando a efetivação da mesma. Betti (1991, apud DARIDO, 1999) define alguns princípios para a Educação Física escolar, entre eles encontra-se o principio da não-exclusão, onde todo aluno deve participar das atividades propostas. Há também o principio da diversidade dos conteúdos, onde a escola através dessa proposta deverá garantir aos alunos seu direito a cidadania. Um dos objetivos do professor, segundo Betti, deverá ser: Integrar e introduzir o aluno de 1.° e 2.° graus no mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física (o jogo, o esporte, a dança, a ginástica...) (BETTI, 1992, p.285) Betti (1991, apud DARIDO 1999) sobre o sistema hierárquico aberto, cita também a influência dos níveis superiores na Educação, onde as secretarias exercem um certo controle sobre a escola e o corpo docente e outros. Sendo assim o autor entende que a educação também sobre influências e não foge ao sistema. Os alunos também estão incluídos nessa hierarquia. Eles devem ter conhecimento desse fato. Abordagens Críticas Até então tratou-se sobre abordagens de cunho não-crítico, portanto ressalta-se o caráter de não-questionamento, as propostas apresentavam-se determinadas com suas características próprias, competindo aos envolvidos na sua prática apenas efetivarem as ações relacionadas a mesma. Serão apresentadas a seguir duas abordagens, primeiramente a crítico-superadora e posteriormente a crítico-emancipatória. Ao retratar sobre a crítico-superada, Darido (1999), apresenta o discurso da justiça social, como ponto de apoio, sugerindo ainda que a mesma é baseada no marxismo e neomarxismo, tendo recebido na Educação Física grande influência dos educadores José Libando e Demerval Saviani. Importa ressaltar a influência de Paulo Freire ao tratar sobre a problematização dos temas a partir das vivências sociais. Esta reflexão pedagógica é compreendida como sendo um projeto político-pedagógico. Político porque encaminha propostas de intervenção em determinada direção e pedagógico no sentido de que possibilita uma reflexão sobre a ação dos homens na realidade, explicitando suas determinações. (DARIDO, 1999) A relevância desta abordagem se faz presente pelo caráter inovador e de igualdade na participação da elaboração das atividades, pois não privilegia a determinada categoria, considerando a relevância de todas. Quanto a emancipatória, é o que poderia ser considerado a evolução da crítico superadora, pois quando o momento do despertar para a crítica foi vencido pela organização em grupo, portanto, de forma sistematizada ‘um novo sistema’, com propostas organizadas, partindo das iniciativas democratizadas. É dessa forma que sugere Kunz (1996 apud AZEVEDO, 2009), ao afirmar que a abordagem critico-emancipatória, caracteriza-se por preocupar-se em formar um jovem com consciência cidadã e emancipado, a educação deve ir além do ensino de determinadas técnicas. Para Darido (1999) Esta abordagem rompe com a esportivização e com os modelos que buscam a aptidão física, na década de 80 é elaborada uma proposta que visa a emancipação através do uso da linguagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Identificou-se na construção deste trabalho, em relação as teorias pedagógicas da Educação, duas correntes, caracterizadas por não-críticas e críticas e as abordagens em educação física. As teorias pedagógicas para facilidade de entendimento estão divididas em: teorias não-críticas e teorias críticas, essa separação é feita também devido a valorização que existe hoje sobre a educação através de um olhar crítico, fato este que nos leva a usar esse critério como um divisor para esta pesquisa. Compreendida a primeira parte, tem-se construído o início do raciocínio que servirá de base para a compreensão das tendências da Educação Física, a fim de compreendermos o pensamento presente em determinado momento histórico, mais especificamente nos períodos denominados como: higienista, militarista, pedagogicista, tecnicista e popular. Então finalmente serão apresentadas as abordagens pedagógicas nas aulas de Educação Física, para sua compreensão, é necessário o conhecimento anteriormente mencionados, pois eles servirão de base para o entendimentos das abordagens, muitas vezes esses conhecimentos se cruzam devido a sua proximidade. São treze abordagens mencionadas. Cada uma é explorada através de suas principais características. As abordagens surgiram em diferentes momentos históricos, muitas delas na década de 70 e 80 onde existia um pensamento de rompimento com os modelos tradicionais e tecnicistas, buscou-se então novas formas de se pensar a educação física na escola, surgiram então diferentes abordagens, que são múltiplas formas de se pensar a educação física como ferramenta para objetivos diferentes, esses objetivos irão variar de acordo com os ideais de seus percussores e o contexto histórico, formando assim as diferentes linhas de pensamento em Educação Física. Por último, esta pesquisa não buscou finalizar um assunto tão abrangente e relevante como o aqui abordado, mas procura-se dar o primeiro passo rumo a compreensão da prática pedagógica do professor de Educação Física, a fim de torná-lo cada vez mais questionador e reflexivo, com uma práxis pedagógica contextualizada e livre de reprodutivismos. Espera-se que este trabalho sirva para todos os acadêmicos e profissionais, não com o intuito de encerrar o assunto, mas com o anseio despertar interesses a cerca do conteúdo aqui explorado. Sendo assim a sociedade receberá direta e indiretamente algum retorno desta pesquisa. E isto por si só já terá validado toda transpiração contida nas entrelinhas deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, Olivette Rufino Borges Prado. FROTA, Paulo Rômulo de Oliveira. Educação Física em questão: Resgate histórico e evolução conceitual. Disponível em: http://www.ufpi.br/mesteduc/eventos/iiencontro/GT-1/GT-01-05.htm Acesso em 02 nov. 2009. ALVES, Vera Regina Oliveira, Tendências educacionais: concepção histótico-cultural e teoria histórico-crítica. Disponível em: Acesso em: 24 jul. 2008. AZEVEDO, Edson Souza de. SHIGUNOV, Viktor. Reflexões sobre as abordagens pedagógicas em educação física. Disponível em: Acesso em 28 out. 2009. BARROS, Daisy R. P. Educação física na escola primária. 3 ed. 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